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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Homem diz ter matado enteada porque ela "falava muito palavrão"

Suspeito foi preso após se apresentar voluntariamente à polícia; ele assassinou a jovem de 19 anos com um golpe de facão no Dia das Mães

Jennifer foi assassinada pelo ex-namorado da mãe

Jennifer foi assassinada pelo ex-namorado da mãe

Reprodução/RecordTV Minas
O homem que matou a enteada no domingo (10) de Dia das Mães, em Belo Horizonte, foi preso depois de se apresentar voluntariamente à polícia nesta quarta-feira (13). Como motivação do crime, Celio Matozinhos De Castro Silva, de 36 anos, teria dito que Jennifer Flaviana Soares, de 19 anos, "falava muitos palavrõe"s e era uma "menina rebelde".
A jovem foi assassinada com golpe de facão enquanto visitava a mãe, no Morro do Papagaio, na região Centro-Sul de BH. O suspeito, ex-namorado da mãe da vítima, estava foragido desde então. De acordo com a delegada Ingrid Estevam, o laudo da perícia demonstra a crueldade do crime. 
— A intenção dele era executar a Jennifer com faca. Ele ainda disse, em determinada oportunidade, que "para matar, tem que ser no facão. Por que depois é só se apresentar três ou dois dias depois que não dá nada. Bobo é o homem que mata mulher no tiro".
Violência
De acordo com a Polícia Civil, a relação entre padrasto e enteada sempre foi muito conturbada. Tudo teria começado após um possível abuso que a vítima teria sofrido aos nove anos de idade. Na ocasião, a vítima teria escondido da mãe e ido morar com avó, com quem permaneceu até os 14 anos.
Célio e a mãe de Jennifer, Lucilene Pereira Soares, ficaram juntos durante 10 anos. Atualmente, apesar de estarem separados há dois anos, eles moravam na mesma casa porque o homem se recusava a sair da residência. Em entrevista à RecordTV Minas, ela desabafou sobre a morte da filha.
— Ele sempre teve raiva dela e falava comigo que tinha raiva dela. A minha filha era uma moça linda, que esbanjava alegria. Ela chegava rindo, conversando. E isso incomodava ele. Junto com ela foram os meus sonhos, a minha felicidade. E ele acabou com a vida dele também, eu tenho certeza.
Célio chegou a ser ameaçado na comunidade onde vivia para se apresentar à polícia. Ele ainda negou que tivesse abusado da jovem durante a infância. 
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