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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

VIATURAS QUEBRADAS E AMONTOADAS NO RN


O cidadão sabe, ou ao menos sente na pele, a importância de uma viatura dentro da estrutura das polícias. Os policiais também. Mas é difícil, para ambos, explicar as 70 viaturas da Polícia Civil do RN estacionadas no pátio do Setor de Transporte, na rua Sachet, bairro da Ribeira, todas quebradas.

Segundo a polícia, maioria dos carros não vale a pena consertar. Devido à quantidade, boa parte desses carros repousa há anos em um terreno baldio em frente à oficina. Alguns estão, aos poucos, sendo encobertos pelo mato ou lixo doméstico. Estão, de fato, em meio às centenas de sacolas de lixo. São carros em sua maioria dos anos de 2003/2004. Uma parte deles poderia estar atendendo à população, hoje, bastando para isso a substituição de uma simples peça.

Os veículos são de delegacias especializadas, ou distritais localizadas na capital e interior do Estado. Alguns deles impressiona pelo aparente estado de conservação. Nos parabrisas de alguns há a descrição do problema — como freio quebrado, ou pane elétrica.

Uma viatura da delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), um GM Meriva de placas MZB-5959, está ao relento, ladeado por sacolas de lixo. O problema? “pane elétrica”, diz a observação escrita no parabrisa. Essas viaturas, segundo apurou a reportagem foram substituídas por 80 carros alugados à empresa Locavel.

A antiga viatura da Polícia Civil, do município de Bodó, está há meses no terreno baldio na rua Sachet. Na delegacia há um carro, mas da Polícia Militar. A maioria dos veículos quebrados são GM Meriva.

A Polícia Civil tem cerca de 400 viaturas distribuídas em todo o Estado. Dessas, aproximadamente 100 são locadas. Procurado pela reportagem, o chefe do Setor de Oficina da Polícia Civil, Ranulfo Alves, limitou-se a dizer que 80% desses carros necessitam de reparos que acaba não compensando à polícia mandar repará-los. A oficina tem um custo de pouco mais de R$ 2 milhões por ano, com peças e mão-de-obra. Dinheiro que é pago o serviço terceirizado.

“Uma coisa que não se faz mais hoje em dia é retirar peça de um carro para consertar o outro. A vida útil média dessas viaturas é de dois anos. Tem carro aí que precisa de um serviço simples e uma peça, mas sem a liberação do orçamento não há o que fazer”, afirmou Ranulfo Alves.

Procurado para falar sobre o assunto, o chefe geral da Polícia Civil, delegado Ronaldo Gomes, disse através da assessoria de imprensa que a situação só poderá ser resolvida após a liberação do orçamento. Mas assegurou que nenhuma delegacia está sem viatura.

FONTE: Tribuna do Norte , Via Glaucia

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