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sábado, 9 de março de 2013

Sequestro de menor é pago, mas bandido termina morto após reagir contra a polícia


O sequestro do menor L. J., 13, levado por bandidos durante seu trajeto para uma escola na cidade de Anadia, interior de Alagoas, foi encerrado após o pagamento do resgate e troca de tiros entre os acusados e a polícia. Um dos criminosos morreu.
O crime teve inicio na manhã da sexta-feira, 8, quando dois homens em um veículo Fiesta, de placa MVC 9157 (Teotônio Vilela/AL) – roubado dois dias antes em Teotonio Vilelaa – abordaram o garoto após ele deixar a casa dos pais e se destinar a aula de educação física em um ginásio de esportes, onde estuda, em Anadia.
Equipes da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram até a residência da vítima onde acompanharam parte das negociações.
Mas a polícia ainda tinha que aguardar, pois L. J. ainda estava em poder dos criminosos que estavam sendo monitorados. Por volta das 22h uma ligação para a família informava que o menor estava nas proximidades de um supermercado no bairro da Gruta de Lourdes, próximo a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A criança estava assustada, mas não havia sido ferida e foi levada para a casa de familiares.
 
Teria sido neste momento que a polícia decidiu agir, dando inicio a perseguição.
Mostrando imaturidade os criminosos ainda usavam o mesmo carro que abordaram L. J., em Anadia, ficando fácil para os policiais, que em um dos trechos da BR-104, no município de União dos Palmares, entenderam que era necessário para-los, iniciando um tiroteio que se seguiu até o município de Murici. Um dos criminosos, identificado pelo prenome de Dênis, morreu enquanto que o comparsa, conhecido pelo apelido de “Toinho”,” – suspeito de ter envolvimento no assalto contra a agência dos Correios, em Anadia, em 2012, quando foi preso – escapou do certo policial.
No mesmo instante a polícia dava voz de prisão ao motorista do comerciante e pai da criança. José Roberto Conceição Alexandrino, 21, comemorava junto com a família do garoto, a sua liberação. Ele – homem de confiança da família e primo da madrasta da vítima, teria organizado o sequestro e “alimentava” os comparsas através de ligações de um telefone celular que estava sendo monitorado.
A polícia informou que José Roberto levou o menino até a aula de educação onde os comparsas já o aguardavam, mas para não levantarem suspeitas decidiram aguardar o “chefe” retornar para casa, a fim de darem inicio ao crime.
Na fuga, já no município de Maribondo, o carro usado para o sequestro, faltou combustível, forçando – ainda segundo a polícia – os sequestradores irem de ônibus, com a criança, até a casa de um deles em União dos Palmares, onde “Toinho” pediu dinheiro a própria mãe para ele e o garoto irem até Murici a fim participarem de um jogo de futebol.
 
Durante as negociações, Dênis e "Toinho" teriam discutido pelo celular com José Roberto que havia passado para os cúmplices que o pai da vítima tinha um bom poder aquisitivo. Parte do dinheiro pago aos bandidos - R$ 13.200 - foi recuperado com Dênis, que estava armado com um revólver calibre 38. Já José Roberto Conceição, que nega as acusações – no momento de sua prisão – também estava armado com um revólver calibre 38.
"Tá com muitos anos que as famílias de bem em Anadia estão entregues a própria sorte. Não existe policiamento na cidade. Aqui tudo pode. Tá com várias semanas que o único carro que a polícia tem foi para o conserto e ninguém sabe se vai ficar pronto e os policiais estão a pé”, desabafou Ivanildo.
Outro parente do menor sequestrado foi mais incisivo.
“Todo mundo sabe que Anadia virou terra de ninguém. Aqui os bandidos andam armados e a polícia faz vistas grossas. Tem gente ficando rico da noite para o dia. Carros roubados e drogas é para quem quer e sabemos que a polícia daqui não informa nada para Maceió. É um terror”, disse uma parente do garoto.
Com informações e fotos emergencia 190
 

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