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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mataram Mainha, um mito do Sertão.







Fernando Ribeiro/Jéssica Petrucci Foto: Kiko Silva
Nove tiros de pistola Ponto 40 ceifaram a vida e encerraram definitivamente a carreira de crimes daquele que já foi considerado o maior pistoleiro do Nordeste brasileiro. Passavam poucos minutos do meio-dia de ontem, quando Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, 55 anos, teve seu encontro com os homens contratados para matá-lo.

O encontro fatal aconteceu ao estilo que o pistoleiro sempre impôs nos longos anos em que foi literalmente caçado pela Polícia cearense. ´Mainha´ estava montado em burro, usava botas e esporas, além de um boné na cabeça para proteger-se do sol e, ao mesmo tempo, dificultar sua identificação. Mas, desta vez, estava desarmado. Dois homens, ocupantes de um carro preto, atacaram o matador de aluguel em um pequeno matagal, na esquina das ruas Samambaia e Encontro das Águas, no Conjunto Prourb, no bairro Novo Maranguape.

Fuzilado

Segundo o perito criminal Robério Abreu, da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), foram contados nove ´buracos de bala´ no corpo de ´Mainha´. Um deles na cabeça. Os demais foram distribuídos no braço direito, no peito e abdome. O matador de aluguel que fez história na bandidagem nordestina nos anos 80, tombou ali mesmo. O animal que ele montava foi atingido por três balaços.

“Foram muitos tiros. Ouvi tudo, pois estava em casa na hora do almoço”, contou um morador próximo dali.

Logo a notícia da morte de ´Mainha´ se espalhou na região de Maranguape e chegou aos órgãos de imprensa da Capital. Uma multidão seguiu para o local, obrigando a Polícia Militar a fazer um cordão de isolamento que acabou rompido.

Investigar

Presentes ao local do fuzilamento estiveram várias autoridades, entre elas, o superintendente da Polícia Civil do Ceará, Luiz Carlos Dantas; o delegado de Maranguape, Aroldo Mendes Antunes; o diretor-adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Franco Pinheiro; e o titular da Divisão Antissequestro (DAS), delegado Andrade Júnior.

Tanta autoridade no local de um assassinato se justifica. Durante mais de 10 anos, ´Mainha´ foi caçado no Nordeste brasileiro e até em outras regiões brasileiras. Em 1987 escapou de um cerco policial na fazenda do agropecuarista Domingos Rangel, no Município de Castanhal, no Pará. Mas, no dia 6 de agosto de 1988, ´Mainha´, que na ocasião usava o nome falso de Paulo Pereira de Morais, foi capturado na cidade de Quiterianópolis (a 415Km de Fortaleza)


Informações
Fernando Ribeiro/Jéssica Petrucci Foto: Kiko Silva
Rádio Cultura Crato

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