Bandidos matam cabo da PM
Publicado em 15 de julho de 2011
Na Favela Oitão Preto, o assaltante Francisco Gilvan Gomes, o ´Lorota´, réu confesso do crime, foi preso com a arma roubada do PM. A operação foi chefiada pelo coronel Gomes Filho
FERNANDO RIBEIRO
Outro homem capturado durante o cerco policial na favela foi identificado como Flávio Jorge Alves Feitosa, 42. Segundo a Polícia, ele deu fuga aos comparsas e escondeu a arma do militar em seu barraco
O cabo Aristeu ainda chegou a ser levado para o IJF-Centro, mas acabou morrendo durante a madrugada. Segundo os médicos, ele foi atingido por quatro tiros a queima-roupa
NAVAL SARMENTO
O militar estava num ponto de ônibus na Rua Castro e Silva, quando foi assaltado, reagiu e acabou sendo baleado
Uma intensa caçada policial que se estendeu durante mais de dez horas, nas favelas do Oitão Preto, no Centro; e Baixa Pau, na Praia de Iracema, culminou, ontem, na captura de três homens, acusados de terem assassinado, na noite anterior, um policial militar. O PM foi morto durante assalto em um ponto de ônibus na Rua Castro e Silva, a poucos metros da Praça Castro Carreira (da Estação).
Veja imagens da perseguição policial
A vítima era o cabo PM José Aristeu da Silva, 42, casado, pai de dois filhos pequenos, que integrava o Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom), também conhecido como Ronda do Quarteirão.
Bala
Por volta das 21 horas de quarta-feira, o militar foi atingido por quatro tiros disparados por um assaltante. O cabo estava à paisana mas dirigia-se para seu local de trabalho, onde iria atuar na fiscalização das patrulhas do Ronda do Quarteirão, na Grande Aldeota. Ele prestava serviço no turno C (das 22 às 6 horas). Segundo testemunhas, dois bandidos aproximaram-se do ponto do ônibus e passaram a atacar os transeuntes. Mesmo estando à paisana, o militar, que usava um revólver de calibre 38, particular, tentou reagir e foi atingido quatro vezes.
Os assaltantes fugiram a pé. O cabo Aristeu ficou caído na calçada, enquanto vários populares ligavam de seus celulares para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Uma viatura do Ronda (prefixo RD-1011) foi acionada e transportou o policial para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).
Segundo o major De Paula, subcomandante do Ronda do Quarteirão, os tiros efetuados pelo assaltante atingiram diversos órgãos do PM, entre eles, os rins, fígado e artéria femoral. Durante toda a madrugada da quinta-feira, os médicos de plantão no IJF tentaram salvar a vida do policial. "Ele teve três paradas cardíacas durante a cirurgia geral. Mas, terminado este primeiro procedimento, os médicos iniciaram a segunda cirurgia e ele não resistiu", afirmou o major De Paula no começo da manhã de ontem.
O corpo do militar foi encaminhado, por volta de 7 horas, para a Coordenadoria de Medicina Legal (CML) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), em Messejana, e, logo depois, liberado para sepultamento. A família do cabo autorizou a doação de suas córneas.
A caçada aos criminosos prosseguiu durante toda a madrugada. Já por volta das 8 horas, uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) prendeu na Favela Baixa Pau um dos envolvidos no crime. Tratava-se de Maicon da Silva. Com ele, os PMs encontraram a mochila que havia sido roubada do colega. Nela estava a farda do cabo Aristeu.
Buscas
A operação teve prosseguimento na Favela do Oitão Preto. O comandante do BPTur, tenente-coronel John Roosevelt Alencar, determinou que suas equipes prosseguissem em diligências até prender todos os envolvidos no crime. A ordem havia partido do comandante-geral da PM, coronel Werisleik Ponte Matias, que, mesmo estando viajando, foi comunicado do fato, ainda na madrugada, e ordenado uma varredura sem interrupção. Por volta de 9 horas, equipes da Inteligência do Estado Maior da Corporação e do Serviço Reservado da 5ª Cia/5ºBPM (Centro) localizaram o segundo bandido envolvido no crime e que logo confessou ter atirado no cabo. Trata-se do assaltante, latrocida e ex-presidiário Francisco Gilvan Gomes de Sousa, o ´Lorota´, que, em 2007, matou outro PM, na Avenida Imperador, também no Centro.
O acusado foi cercado na Avenida Filomeno Gomes, a poucos metros da Escola de Aprendizes Marinheiros, quando já tinha saído da favela e tentava embarcar em um veículo para fugir com destino ao Interior.
Faltava localizar a arma do PM que fora roubada durante o assalto. Isso aconteceu cerca de uma hora depois em um barraco no Oitão Preto. O revólver de calibre 38 havia sido escondido em um barraco pelo terceiro acusado, Flávio Jorge Alves Feitosa. Ele também foi preso e a arma apreendida numa operação chefiada pessoalmente pelo comandante do Ronda, tenente-coronel PM Gomes Filho.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA
Uma intensa caçada policial que se estendeu durante mais de dez horas, nas favelas do Oitão Preto, no Centro; e Baixa Pau, na Praia de Iracema, culminou, ontem, na captura de três homens, acusados de terem assassinado, na noite anterior, um policial militar. O PM foi morto durante assalto em um ponto de ônibus na Rua Castro e Silva, a poucos metros da Praça Castro Carreira (da Estação).
Veja imagens da perseguição policial
A vítima era o cabo PM José Aristeu da Silva, 42, casado, pai de dois filhos pequenos, que integrava o Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom), também conhecido como Ronda do Quarteirão.
Bala
Por volta das 21 horas de quarta-feira, o militar foi atingido por quatro tiros disparados por um assaltante. O cabo estava à paisana mas dirigia-se para seu local de trabalho, onde iria atuar na fiscalização das patrulhas do Ronda do Quarteirão, na Grande Aldeota. Ele prestava serviço no turno C (das 22 às 6 horas). Segundo testemunhas, dois bandidos aproximaram-se do ponto do ônibus e passaram a atacar os transeuntes. Mesmo estando à paisana, o militar, que usava um revólver de calibre 38, particular, tentou reagir e foi atingido quatro vezes.
Os assaltantes fugiram a pé. O cabo Aristeu ficou caído na calçada, enquanto vários populares ligavam de seus celulares para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Uma viatura do Ronda (prefixo RD-1011) foi acionada e transportou o policial para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).
Segundo o major De Paula, subcomandante do Ronda do Quarteirão, os tiros efetuados pelo assaltante atingiram diversos órgãos do PM, entre eles, os rins, fígado e artéria femoral. Durante toda a madrugada da quinta-feira, os médicos de plantão no IJF tentaram salvar a vida do policial. "Ele teve três paradas cardíacas durante a cirurgia geral. Mas, terminado este primeiro procedimento, os médicos iniciaram a segunda cirurgia e ele não resistiu", afirmou o major De Paula no começo da manhã de ontem.
O corpo do militar foi encaminhado, por volta de 7 horas, para a Coordenadoria de Medicina Legal (CML) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), em Messejana, e, logo depois, liberado para sepultamento. A família do cabo autorizou a doação de suas córneas.
A caçada aos criminosos prosseguiu durante toda a madrugada. Já por volta das 8 horas, uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) prendeu na Favela Baixa Pau um dos envolvidos no crime. Tratava-se de Maicon da Silva. Com ele, os PMs encontraram a mochila que havia sido roubada do colega. Nela estava a farda do cabo Aristeu.
Buscas
A operação teve prosseguimento na Favela do Oitão Preto. O comandante do BPTur, tenente-coronel John Roosevelt Alencar, determinou que suas equipes prosseguissem em diligências até prender todos os envolvidos no crime. A ordem havia partido do comandante-geral da PM, coronel Werisleik Ponte Matias, que, mesmo estando viajando, foi comunicado do fato, ainda na madrugada, e ordenado uma varredura sem interrupção. Por volta de 9 horas, equipes da Inteligência do Estado Maior da Corporação e do Serviço Reservado da 5ª Cia/5ºBPM (Centro) localizaram o segundo bandido envolvido no crime e que logo confessou ter atirado no cabo. Trata-se do assaltante, latrocida e ex-presidiário Francisco Gilvan Gomes de Sousa, o ´Lorota´, que, em 2007, matou outro PM, na Avenida Imperador, também no Centro.
O acusado foi cercado na Avenida Filomeno Gomes, a poucos metros da Escola de Aprendizes Marinheiros, quando já tinha saído da favela e tentava embarcar em um veículo para fugir com destino ao Interior.
Faltava localizar a arma do PM que fora roubada durante o assalto. Isso aconteceu cerca de uma hora depois em um barraco no Oitão Preto. O revólver de calibre 38 havia sido escondido em um barraco pelo terceiro acusado, Flávio Jorge Alves Feitosa. Ele também foi preso e a arma apreendida numa operação chefiada pessoalmente pelo comandante do Ronda, tenente-coronel PM Gomes Filho.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA
Diariodonordeste
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