Segundo a governo, grupo ordenou ataques que vêm ocorrendo no estado.
'Nosso setor de Inteligência foi muito ágil e eficiente', ressalta secretário.
Edson
Cardoso Bezerra (Gato), Anderson Mendonça da Silva (Sancinho), Cosme
Wendel Rodrigues Gomes (Cego), Alex Barros de Medeiros e Marcos Paulo
Ferreira (Cabeça do Acre) foram transferidos de parnamirim para Mossoró
(Foto: G1/RN)
O mais perigoso e o mais violento; elo e porta-voz; o mais estudado e o
mais articulado do grupo. Estes são alguns dos conceitos atribuídos aos
cinco criminosos apontados como chefes de uma facção criminosa
responsável pela onda de ataques que vem ocorrendo nos últimos dias no Rio Grande do Norte. Com exclusividade, o G1 teve
acesso aos nomes e perfis de cada um deles. Os cinco foram isolados e
transferidos nesta segunda-feira (1º) para a Penitenciária Federal de
Mossoró, na região Oeste potiguar.A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, onde os cinco detentos estavam encarcerados, é apontada pelo governo como principal motivo para os atentados.
Quem são
Os cinco presos transferidos foram identificados como Edson Cardoso Bezerra, Anderson Mendonça da Silva, Cosme Wendel Rodrigues Gomes, Alex Barros de Medeiros e Marcos Paulo Ferreira (Cabeça do Acre).
Anderson Mendonça da Silva é o ‘Sancinho’. Apontado como um dos principais cabeças da organização criminosa, é tido como o mais perigoso e violento do grupo. Responde por tráfico de drogas, latrocínio (roubo seguido de morte) e corrupção ativa.
Edson Cardoso Bezerra, também conhecido como ‘Gato’, responde na Justiça por tráfico de drogas. Ele é considerado chefe de um comércio de entorpecentes em Parnamirim e tem papel considerado relevante dentro da organização.
Cosme Wendel Rodrigues Gomes, também chamado de ‘Cego’, tem quatro processos em aberto por homicídio e também responde por tráfico de drogas. É considerado chefe de pontos de drogas em Parnamirim e região do Potengi.
Alex Barros de Medeiros atende pelo apelido de ‘Peitola’. Também responde pelo crime de tráfico de entorpecentes. É o mais articulado e considerado elo entre a organização e uma facção criminosa que age a partir dos presídios da Paraíba.
Marcos Paulo Ferreira é o Cabeça do Acre. Responde por homicídio. Segundo a fonte do G1, por ter mais estudo que os demais e saber se expressar melhor, tornou-se o porta-voz da facção. Teria sido ele, inclusive, quem gravou um áudio e fez as fotos dos bloqueadores de celular que se espalharam pelas redes sociais. Na gravação, o preso diz: “Então, família, um forte abraço do irmão ‘Cabeça do Acre’, pra essa grande família aí, maravilhosa aí do ( )… tô mandando essas fotos aí, pros irmãos aí, pra ver essa torre de bloqueio aí que tão colocando aqui no PEP, tá entendendo?… e que os irmãos fiquem ciente aí que, qualquer bloqueio, qualquer ‘pá’ aí, vamos botar o ‘bang’ pra funcionar. Firmeza? E o estado todo geral, tremer geral. Firmeza? É nós aí na fita, mano. E tamo junto. (SIC)
Transferências
De acordo com o governador Robinson Faria, os presos transferidos foram identificados pelo setor de inteligência da polícia potiguar após terem celulares monitorados. Ainda de acordo com o governador, outros 20 detentos também serão transferidos para presídios federais em breve.
Estado agiu rápido
Secretário de Justiça e Cidadania, responsável pelo sistema prisional potiguar, Wallber Virgolino disse que é importante destacar que o Estado agiu rápido na identificação dos criminosos. "Nosso setor de Inteligência foi muito eficiente. Identificamos, isolamos e transferimos os líderes dessa facção. Outras providências também estão sendo tomadas e logo a paz será restabelecida no Rio Grande do Norte. A população pode acredita nisso", enfatizou.
Ataques
Nesta terça (2), a Secretaria de Segurança Pública confirmou que 80 atos criminosos já foram registradas em 29 cidades do estado desde a tarde da última sexta (29), quando aconteceu o primeiro ataque.
O Governo do Rio Grande do Norte confirmou o apoio de 1.000 homens do Exército e 200 fuzileiros navais no reforço às forças policiais. “O número de ataques está diminuindo e as tropas federais vêm para colaborar nas ações de combate ao vandalismo”, disse o governador Robinson Faria. Entretanto, a data para início da atuação das tropas ainda não foi confirmada.
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