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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Entenda os sintomas da doença ‘mão-pé-boca’


Pediatra explica que doença é extremamente transmissível e provoca lesões exatamente nas mãos, pés e boca. Maioria de casos é em crianças abaixo dos 5 anos, mas pode acometer adultos.
Uma doença que se caracteriza, principalmente, por lesões nas mãos, nos pés e e na boca e que afeta sobretudo crianças tem chamado a atenção de pais neste segundo semestre do ano em Natal e em cidades da Região Metropolitana.
Exatamente por conta dessas feridas, a doença, ou síndrome, é chamada de "mão-pé-boca" e se dá através do vírus Coxsackie.
A doença não é nova, já é frequente há anos, e praticamente ocorre durante todas estações do ano no Brasil, mas com mais casos no verão e outono. A prevalência é em crianças abaixo de 5 anos.
Para entender melhor a enfermidade, o g1 consultou a médica pediatra Sabrinna Machado, do Instituto Santos Dumont (ISD), para explicar as formas de contaminação, sintomas e prevenção da mão-pé-boca, além de outras características da doença.

Sintomas
Os sintomas mais tradicionais, que indicam com facilidade o diagnóstico, são as lesões nas mãos, pés e boca.
"Mas pode trazer também vômitos e diarreia como sintomas, além desse acometimento da pele causando lesões, em geral bolhosas, e muito características. São lesões na palma das mãos e na planta dos pés, mas também pode acometer o corpo todo. Em especial a a região de nádegas e a região inguinal da criança", explicou a pediatra Sabrinna Machado.

Veja algumas dos principais sintomas:
lesões nas mãos, pés e bocas
febre
dor de garganta
vômito
náuseas
diarreia
lesão bucal (aftas)

"Por ser um enterovírus, ele acomete todo o trato digestivo da criança e na boca traz uma estomatite, que são aftas extremamente dolorosas para a criança", reforçou a médica.

Os sintomas duram até uma semana, explica a médica.
"A maioria dos casos dura de três a sete dias. E o vírus tem um período de incubação que vai de um dia a até sete dias, ou seja, a criança pode ter contato com outra pessoa com a doença e pode demorar até sete dias para aparecer esses sintomas".

Transmissão
A doença é extremamente contagiosa, segundo a pediatra.
"É uma doença viral altamente contagiosa. A gente precisa realmente isolar a criança que tem a doença, em especial na semana que está aparecendo esses sintomas", explicou.
A transmissão se dá pela saliva, de forma oral, e pelas fezes. A criança começa a transmitir dois dias antes e, mesmo após os sintomas desaparecerem, o infectado ainda pode transmitir o vírus.
"Duas ou três semanas depois que o paciente não tem nem afta mais, não tem nenhuma sintoma, ele continua transmitindo. Então é bem complicado, por isso que fica muito cíclico. Porque, mesmo sem sintoma, a criança continua transmitindo", explicou a médica Sabrinna.
Ela reforça que a transmissibilidade respiratória do vírus é maior na semana em que a criança está com os sintomas.

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