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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Câmeras podem ajudar a prender assassinos


A Polícia chegou a deter três suspeitos do duplo assassinato, mas os acusados não foram reconhecidos na DHPP

Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prosseguem nas buscas com o objetivo de identificar e prender os assaltantes que mataram dois passageiros durante o ataque a uma topique do transporte alternativo de Fortaleza na noite de terça-feira passada. Imagens gravadas pelas câmeras de empresas estabelecidas próximas ao local do assalto poderão ajudar a Polícia a identificar e deter os criminosos.

Na tarde de ontem, três suspeitos de terem participado do crime foram detidos por policiais militares e da própria DHPP na Favela do Cal, no Barroso I. A detenção dos levou a própria Polícia a anunciar a captura dos latrocidas. No entanto, por volta das 20 horas, o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Pequeno, informou ao Diário do Nordeste que as testemunhas chamadas à DHPP não reconheceram os três homens detidos. Mesmo assim, eles foram ouvidos em depoimento e liberados em seguida. Passava das 21 horas quando ficou encerrado o procedimento na sede da DHPP. O motorista e a cobradora da topique também foram ouvidos na Divisão.

A caça aos criminosos mobiliza também policiais da 2ª Companhia do 5º BPM (Messejana) e do Serviço de Inteligência.

O assalto que terminou na morte dos dois passageiros aconteceu por volta das 20 horas de terça-feira, quando o coletivo trafegava pela Avenida Deputado Paulino Rocha, entre os bairros Cajazeiras e Barroso I. Os ladrões haviam embarcado na topique da linha 41705 na Avenida Dedé Brasil e, minutos depois, anunciaram o roubo. Na hora da fuga, quando desciam do veículo, foram surpreendidos pela reação de dois rapazes, que tentaram dominá-los.

Mortes

Os bandidos atiraram nos passageiros identificados como José Glaydson do Nascimento Silveira, 27; e Ederson Freire da Silva, 22. Segundo a Perícia, cada um deles foi atingido com um tiro no peito. Ambos morreram no corredor na topique. O sepultamento dos dois jovens ocorreu na tarde de ontem.

"So quero que investiguem, que prendam...", disse a mãe do estudante universitário Ederson Freire. O rapaz, além de estudar, trabalhava numa empresa prestadora de serviço a uma operadora de telefonia celular, e acabou morto quando seguia do trabalho para casa.

Os passageiros da linha 05 denunciaram que os assaltos naquele trecho da Avenida Deputado Paulino Rocha são constantes. Os bandidos embarcam nos ônibus ou em topiques nas proximidades do Estádio Castelão e, em poucos minutos, assaltam os coletivos e fogem a pé.

FERNANDO RIBEIRO/EMERSON RODRIGUES
EDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER
Diariodonordeste

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