A possibilidade de Michel Temer ser afastado da
Presidência da República também pesou para que Eduardo Cunha decidisse
acelerar a negociação para fazer colaboração premiada. Delatar supostos
crimes do presidente e de seus ministros teria hoje valor muito maior do
que depois de uma eventual saída deles do governo.
Caso seja fechado nos próximos dias, o acordo de delação de Cunha
terá sido feito em tempo praticamente recorde. Até meados de junho ele
ainda não tinha contratado um advogado específico para tocar a
negociação. O ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, fez isso em
abril e até esta quinta (6) não tinha formalizado acordo com a Operação
Lava Jato.
R. Pires
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