Páginas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Familiares se reunem para defender a vida:


Na noite desta segunda feira, familiares de policiais vitimados pela violência se reuniram na Associação dos Policiais para organizar ato em defesa da vida.
Os relatos apresentados na reunião dão conta que a violência contra os policiais e bombeiros militares tem diversas formas e diversas origens. Estrutura e condições de trabalho, falta de efetivo, treinamento continuado e legislação ultrapassada foram as causas recorrentes.

Segundo Dona Cláudia, esposa do Sgt Emanoel (vitimado na ocorrência do Midway Mall), afirma que falta investimento em equipamentos, principalmente, na aquisição de armas não letais. "Se eles tivessem uma taser, nada daquilo teria ocorrido" afirma a esposa do Sargento Emanoel, ao se referir a morte do Soldado M. Costa e do cidadão que o matou.


Para outros familiares o problema da insegurança dos policiais tem causa principal a falta de efetivo, segundo estes, o policial fica funerável ao policiar uma cidade com apenas dois policiais numa viatura. "São jogados a própria sorte, sem efetivo, sem estrutura e sem equipamento adequado, depois cobra-se os resultados" desabafa Dona Joselita, esposa de um Sargento. "O Estado precisa contratar mais policiais e naum deixar somente dois policiais numa viatura" finaliza a familiar.
Já na concepção de outros, o problema está na preparação técnica e continuada, bem como no acompanhamento psico-social. Familiares do Soldado Cantalise (policial morto em ocorrência na cidade de Baia Formosa, com apenas 6 meses de formação) reclamam além da falta de efetivo, desta preparação tecnica, alegam que a forma de abordagem não foi a mais adequada e que os polciias precisam ser mais cautelosos.


Para alguns familiares de bombeiros a violência do estado ainda é maior pois o acumulo de trabalho imposto a um efetivo infimo de 540 bombeiros, quando deveriam ser mais de 1500, além de não terem nenhum equipamento de proteção individual, sendo exposto ao sol e agúas poluidas sem nehuma proteção.
Para outros familiares a legislação ultrapassada e retrograda, são causas de muitos casos de abuso de poder, assedio moral e humilhações. "Além de enfrentar uma carga de trabalho excessiva, falta de condições e estrutura de trabalho, os policiais são submetidos a uma legislação muito ultrapassada, que retiram direitos e excede nos deveres" alega uma esposa de policial. "Muitas vezes meu marido não consegui se realacionar bem com os filhos, nem comigo e eu tento ajudar mas não consigo" desabafa outra Esposa.


A reunião que tinha como objetivo organizar ato em defesa da vida do policial, programou para sábado (12) um ato no calçadão do midway mall, a partir das 08h para cobrar volarização profissional, melhores condições de atuação e segurança no trabalho. O objetivo do ato é sensibilizar a sociedade e chamar a atenção do poder público para a insegurança pública. O Ato público terá o apoio de varias entidades e sindicatos da área e afins, como Sindicato das Guardas Municipais - SINDGUARDAS, Sindicato dos Agentes Penitenciários - SINDASP, Diretório Central dos Estudades do IFRN - DCE-IFRN, Conselho de Moradores dos Guarapes, Federação de Conselhos Comunitários de Natal, Federação dos Conselhos Comunitários do RN, Conselhos Tutrelares, Sindicatos e Centrais Sindicais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário