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sábado, 14 de maio de 2011

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14/05/2011 -

Justiça Militar decreta prisão de 5 bombeiros líderes de greve no Rio:

Acs PM RN

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros decretou, nesta sexta-feira (13), a prisão de cinco bombeiros, que segundo a Justiça Militar, lideram a greve da corporação no Rio. Eles são acusados pela subcorregedoria da corporação de incitar a prática de crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência.
Entre os bombeiros que tiveram a prisão preventiva decretada há um major, dois capitães, um sargento e um cabo.

Guarda-vidas


Segundo os autos do inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, principalmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares.


“Os militares aderentes ao movimento vêm abandonando suas funções de defesa civil, deixando exposta a população carioca e seus visitantes, que, por exemplo, nas praias, como tem sido noticiado em toda a mídia, não têm contado com a imprescindível presença dos guarda-vidas do G-Mar, sujeitando a risco de morte os seus freqüentadores”, disse a magistrada.


A juíza afirmou que reconhece a legitimidade das reivindicações dos militares, que pedem por condições de trabalho dignas e aumento de salários, mas ressaltou que tal fato não pode se sobrepor à vida do cidadão.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) requereu ao Juízo da Auditoria de Justiça Militar, nesta sexta-feira, a decretação da prisão preventiva dos cinco bombeiros.
Segundo o MP, o requerimento aponta também a necessidade de investigar possível prática de motim, em função de eventual invasão praticada por cerca de 30 Militares ao destacamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, nesta sexta-feira (13).

O governador do Rio, Sérgio Cabral criticou a manifestação dos bombeiros realizada na quinta-feira (11). Segundo Cabral, o comando da corporação acompanha os protestos e pode haver punições. O governador afirmou que os protestos seriam liderados por um militar que já trabalhou com um político e classificou a manifestação de "ato político".


"Meia-dúzia de 30 pessoas estavam impedindo que milhares de pessoas se locomovessem, impedindo a mobilidade dessas pessoas. O comando está identificando quem são os líderes, porque quando você abandona o seu trabalho para fazer esse tipo de prática, está, primeiro, desrespeitando o regimento da corporação. Isso está sendo cuidado pelo secretário e o comandante do Corpo de Bombeiros. Agora, infelizmente tem um incitamento por trás. Temos informações de político estimulando, pagando ônibus, pagando coisas. É lamentável", disse.


Reivindicações



Na quinta (12), eles fizeram um novo protesto pelo terceiro dia consecutivo e fecharam a Rua 1º de Março. Depois, seguiram até a Candelária, ocupando as esquinas das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.
Entre as reivindicações do grupo, estão cancelamentos de inquéritos abertos contra manifestantes, auxílio transporte para os bombeiros militares e melhores condições de trabalho.


Eles pedem ainda aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil no lugar de gratificações e que seja reconsiderada a decisão do comando geral que, segundo os manifestantes, teria transferido 36 servidores, como retaliação, por participarem dos atos de protesto.

Fonte: G1.

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