O
Exército Brasileiro proibiu a comercialização e fabricação de pistolas
modelo 24/7 .40 S&W, fabricadas pela Forja Taurus, até que seja
concluído um processo administrativo no qual a empresa é investigada.
Também foi determinada a apreensão dos armamentos existentes na linha de
produção ou estoque da companhia. A medida foi tomada após terem sido
recebidas denúncias de problemas com as armas, que estariam colocando em
risco agentes públicos que as utilizam. No Rio, policiais civis e
militares possuem o modelo proibido, fornecido pelo Estado.
A decisão consta no ofício número 4029, de 26 de setembro, enviado
pelo Comando Logístico (COLOG) do Exército para a secretaria de
Segurança Pública do Estado do Paraná, informando sobre as medidas
tomadas. O Processo Administrativo Sancionador (PAS) aberto pelo
Exército investiga se o produto fabricado pela Forja Taurus atualmente
corresponde com o protótipo que fora aprovado pelos militares. Segundo o
documento, há indícios de que isso ocorreu com as pistolas que foram
proibidas, com modificação na trava e tirante do gatilho. O documento
diz ainda que houve mudanças em relação ao projeto da pistola 840.
“Tal atitude demonstra a existência de indícios de violação de
compromisso assumido quando da obtenção do registro perante o Sistema de
Fiscalização de Produtos Controlados, compromisso esse de não modificar
o produto controlado com produção já autorizada”, adverte o ofício.
Ao fim do PAS, será analisada ainda a aplicação de sanções
administrativas cabíveis, “por haver iminente risco à vida, à saúde, à
integridade física e à segurança do usuário e da sociedade”, justifica o
documento do Comando Logístico.
Em sua apuração sobre os problemas com as armas da Forja Taurus, o
Exército constatou ainda que são deficientes as políticas Órgãos de
Segurança Pública do país para garantir a manutenção dos armamentos, uma
vez que os agentes ficam com posse permanente dos mesmos, e acabam
responsáveis por tais reparos.
No ofício, o Exército também recomendou à Taurus que preste maior
assistência a todos que adquirirem seus produtos, e recomenda que haja
orientação a esse público sobre a necessidade de manutenção preventiva
periódica dos armamentos.
Procurada pelo EXTRA, a assessoria de imprensa da Taurus informou que
“tem colaborado com os trabalhos do Exército Brasileiro em processo que
avalia sua produção e informa que a decisão não tem efeito prático, uma
vez que a fabricação do modelo de pistola em questão já havia sido
descontinuada”.
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