Liderados pelo PSDB, partidos aliados ao PMDB na sustentação do
governo de Michel Temer consideram que o presidente perdeu as condições
de ficar no cargo, e já fizeram chegar a ele essa avaliação de forma
reservada.
Pelo roteiro elaborado até aqui, sujeito a revisões dada a
imponderabilidade da crise, como o peemedebista resiste em renunciar na
esteira da delação da JBS na Operação Lava Jato, a solução será contar
com a cassação da chapa eleita em 2014 pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral).
Até aqui, havia a expectativa de que o TSE “mataria no peito” e
livraria Temer de punição, apesar das provas reunidas no processo que
será julgado no próximo dia 6. Agora, o consenso é de que a cassação
resolveria o impasse institucional e livraria o presidente da “confissão
de culpa”, como ele chama a hipótese de renúncia. Como bônus, Temer
sempre poderá culpar Dilma pelas irregularidades na campanha. O
presidente foi gravado pelo empresário Joesley Batista, que narrou crime
de obstrução de Justiça, em um encontro secreto no Palácio do Jaburu,
em março.
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