Michel Temer, o presidente sem votos, agora quer ser presidente sem
governo. Flagrado numa trama de corrupção e obstrução da Justiça, ele vê
sua autoridade se esfarelar em praça pública. Mesmo assim, insiste em
se agarrar à cadeira.
O governo começou a respirar por aparelhos na noite de quarta. Assim
que o diálogo com o dono da JBS foi divulgado, aliados passaram a
discutir procedimentos para desligar as máquinas. As conversas avançaram
pela madrugada de Brasília.
Na residência do presidente da Câmara, quatro ministros discutiram as
exéquias do chefe. Todos trataram Temer como um cadáver político.
Restaram divergências sobre a forma de removê-lo do palácio: renúncia,
impeachment ou cassação no TSE.
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