Locais devastados por terremoto agora estão sob a água
Uma médica de uma organização de caridade americana trabalhando em Porto Príncipe afirmou à BBC que já identificou casos suspeitos de cólera na capital haitiana.
Kara Gibson, da organização Samaritan Purse, disse à BBC que algumas pessoas na maior favela da cidade já apresentam sintomas da doença.
De acordo com a correspondente da BBC no país Laura Trevelyan, a diarreia (um dos sintomas da doença) é comum no Haiti, pois muitos vivem sem condições de higiene, geralmente sem acesso a banheiros.
Mas alguns pacientes na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, tiveram uma forma mais grave de diarreia, que a médica Kara Gibson afirma ser parecida com cólera.
A médica afirma que há temores que a doença agora se espalhe ainda mais rapidamente, apesar de todos os esforços para conter sua transmissão.
Se for confirmado que a epidemia chegou a Cité Soleil, 'você pode esperar uma explosão (no número de contaminados)', disse Gibson à BBC. E, segundo a médica, 'o hospital naquelas áreas já está no máximo de sua capacidade'.
As autoridades haitianas ainda não confirmaram a presença de cólera em Porto Príncipe, mas há o temor de mais transmissão da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde do Haiti, 501 pessoas já morreram devido à doença até o momento e outras 7 mil pessoas já foram infectadas em todo o país.
Mas funcionários do setor de saúde afirmaram que o número pode ser bem maior, pois muitas áreas do país estão isoladas devido à passagem do furacão Tomás.
Cólera causa febre, diarreia e vômitos, levando à desidratação severa, e pode matar em 24 horas se não for tratada. Mas pode ser controlada facilmente por meio da reidratação e de antibióticos.
A doença é causada por uma bactéria transmitida por água ou alimentos contaminados.
Água potável
Autoridades haitianas e agências de ajuda estão tentando conseguir água potável para as áreas mais afetadas pelo furacão Tomás, que causou enchentes e deixou pelo menos oito mortos.
Ocorreram inundações em Leogane, Les Cayes, Jacmel e Gonaives. Muitas cidades nas montanhas estão isoladas por causa de enchentes e deslizamentos.
E as autoridades do país temem que, devido à passagem do furacão, um rio que foi a origem da epidemia de cólera também acabe transbordando. Os funcionários da ONU informaram que equipes de engenheiros foram obrigadas a deixar passar a água do rio através de uma represa no rio Artibonite, o maior e mais importante do país.
Os moradores das áreas nas margens do rio foram alertados a respeito dos riscos e o governo já ordenou a retirada as pessoas da região.
Apesar de o furacão Tomás ter passado sem causar destruição nos acampamentos dentro e fora da capital, onde estão cerca de 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto de janeiro, há temores de que a cólera se alastre nesses locais.
Na sexta-feira, o governo do Haiti e a ONU fizeram um apelo para a doação de US$ 19 milhões para cobrir as necessidades mais urgentes do país.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Uma médica de uma organização de caridade americana trabalhando em Porto Príncipe afirmou à BBC que já identificou casos suspeitos de cólera na capital haitiana.
Kara Gibson, da organização Samaritan Purse, disse à BBC que algumas pessoas na maior favela da cidade já apresentam sintomas da doença.
De acordo com a correspondente da BBC no país Laura Trevelyan, a diarreia (um dos sintomas da doença) é comum no Haiti, pois muitos vivem sem condições de higiene, geralmente sem acesso a banheiros.
Mas alguns pacientes na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, tiveram uma forma mais grave de diarreia, que a médica Kara Gibson afirma ser parecida com cólera.
A médica afirma que há temores que a doença agora se espalhe ainda mais rapidamente, apesar de todos os esforços para conter sua transmissão.
Se for confirmado que a epidemia chegou a Cité Soleil, 'você pode esperar uma explosão (no número de contaminados)', disse Gibson à BBC. E, segundo a médica, 'o hospital naquelas áreas já está no máximo de sua capacidade'.
As autoridades haitianas ainda não confirmaram a presença de cólera em Porto Príncipe, mas há o temor de mais transmissão da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde do Haiti, 501 pessoas já morreram devido à doença até o momento e outras 7 mil pessoas já foram infectadas em todo o país.
Mas funcionários do setor de saúde afirmaram que o número pode ser bem maior, pois muitas áreas do país estão isoladas devido à passagem do furacão Tomás.
Cólera causa febre, diarreia e vômitos, levando à desidratação severa, e pode matar em 24 horas se não for tratada. Mas pode ser controlada facilmente por meio da reidratação e de antibióticos.
A doença é causada por uma bactéria transmitida por água ou alimentos contaminados.
Água potável
Autoridades haitianas e agências de ajuda estão tentando conseguir água potável para as áreas mais afetadas pelo furacão Tomás, que causou enchentes e deixou pelo menos oito mortos.
Ocorreram inundações em Leogane, Les Cayes, Jacmel e Gonaives. Muitas cidades nas montanhas estão isoladas por causa de enchentes e deslizamentos.
E as autoridades do país temem que, devido à passagem do furacão, um rio que foi a origem da epidemia de cólera também acabe transbordando. Os funcionários da ONU informaram que equipes de engenheiros foram obrigadas a deixar passar a água do rio através de uma represa no rio Artibonite, o maior e mais importante do país.
Os moradores das áreas nas margens do rio foram alertados a respeito dos riscos e o governo já ordenou a retirada as pessoas da região.
Apesar de o furacão Tomás ter passado sem causar destruição nos acampamentos dentro e fora da capital, onde estão cerca de 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto de janeiro, há temores de que a cólera se alastre nesses locais.
Na sexta-feira, o governo do Haiti e a ONU fizeram um apelo para a doação de US$ 19 milhões para cobrir as necessidades mais urgentes do país.
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