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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sylvester Stallone critica o Bope e gera campanha no Twitter – 24/07/2010


O ator americano Sylvester Stallone, que em abril do ano passado filmou no Brasil seu novo longa, "Os Mercenários", fez uma crítica politicamente incorreta ao país e ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Rio. O comentário foi feito durante a Comic-Con 2010, a maior feira de cultura pop do mundo, realizada na Califórnia, nos EUA. Stallone disse ter tido liberdade no Brasil para usar mais violência. "Filmamos no Brasil porque lá você pode machucar as pessoas enquanto filma", disse o ator. "Você pode explodir o país inteiro e eles ainda dizem para você, obrigado e tome aqui um macaco para você levar para casa, brincou.
Sobraram também críticas para o Bope. "Os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro; já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar".

Os comentários do astro das sériers "Rambo" e "Rocky" levou ao início da campanha "Cala Boca Sylvester Stallone" no Twitter. O assunto virou o mais postado no mundo nesta sexta-feira. Até poucos minutos, já passava de 6 mil o número de tweets da campanha.

RESPOSTA DO BOPE

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo Moraes, comentou, na tarde desta sexta-feira, a declaração do ator Sylvester Stallone, sobre o símbolo da unidade: "Os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro; já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar".

Para Paulo Henrique, a declaração demonstra ignorância:

- Ele ignora o que o símbolo significa. Pode entender muito de cinema, mas de simbologia, não.

O oficial explicou que a caveira, obviamente, representa a morte, mas o punhal fincado nela muda esse significado. Segundo o tenente-coronel, o símbolo traduz a superação da morte.

- Para enfrentar situações difíceis e perigosas, precisamos desenvolver em nossos homens a superação sobre o medo da morte - disse.

Paulo Henrique terminou dizendo que "para falar sobre um assunto, a pessoa tem que entender sobre ele".

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