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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Governo defende interrupção de invasões após Abril Vermelho

 

O governo federal tem defendido uma interrupção na ofensiva capitaneada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) de invasões a propriedades privadas a partir da próxima semana, com o fim do chamado “Abril Vermelho”.

A avaliação feita à CNN Brasil por auxiliares do governo é de que as ofensivas feitas em abril são até compreensíveis diante da tentativa do movimento de chamar a atenção para a necessidade de uma reforma agrária ampla no país.

O diagnóstico, no entanto, é de que uma continuidade em maio passaria a impressão de que o governo petista perdeu o controle sobre o assunto, dando munição para a CPI do MST, cujo requerimento de criação foi lido no plenário da Câmara dos Deputados.

De acordo com dois ministros do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se incomodado com as ofensivas recentes. A avaliação no Palácio do Planalto é de que elas têm alimentado o discurso da oposição e impedido uma reaproximação com o segmento do agronegócio.

Para deputados governistas, as recentes invasões podem ter estimulado a sondagem feita pela organização da Agrishow, maior feira de agronegócio da América Latina, para que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não participe da abertura do evento.

Além disso, empresários do agronegócio têm reclamado da possibilidade de sentarem na mesma mesa que representantes do MST no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, cuja primeira reunião será na próxima quinta-feira (4).

Na última quinta-feira (27), em uma tentativa de reforçar uma oposição ao movimento social, Fávaro comparou a invasão a propriedades privadas ao ocorrido em 08 de janeiro, quando militantes bolsonaristas ingressaram e destruíram as sedes doa poderes.

CNN

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