A Globo promove uma onda de demissões no departamento jornalístico da emissora e mais de 30 profissionais renomados da casa foram dispensados após décadas de trabalho. A justificativa é baseada em corte de custos, já que os demitidos ostentavam os maiores salários da folha de pagamento. Entre eles, nomes de peso como Fabio Turci, Cesar Galvão e Marcelo Canellas, além de executivos que atuavam atrás das câmeras. VEJA apurou que o clima nas redações de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília é de velório pela saída de figuras marcantes do ambiente de trabalho e de incertezas, já que novas demissões ainda são previstas para os próximos dias.
Procurada por VEJA, a Globo disse em nota que lamenta as baixas em seu jornalismo, mas que fazem parte do planejamento financeiro de qualquer empresa. “A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa. Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento”, diz o comunicado.
O repórter César Galvão, do SP1; o âncora Fábio William, do DF1 e Márcia Corrêa, editora-chefe do Bom Dia São Paulo também foram desligados. Eduardo Tchao, que fazia reportagens há 37 anos pela emissora, foi demitido na última segunda-feira, 3. Uma editora do Jornal Hoje, outra da GloboNews, e diversos profissionais do site G1 foram cortados da mesma forma. A maioria estava na Globo desde a década de 1990, por causa disso tinham os cargos e salários mais altos.
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