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domingo, 27 de novembro de 2011

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PMs presos são transferidos de Natal

Acs PM RN O Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte transferiu, no último fim de semana, 18 presos que estavam na carceragem do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na zona Norte de Natal. Dos detentos transferidos, 16 são policiais militares e dois já foram expulsos da corporação pois respondem por crimes de homicídio, estupro, formação de quadrilha, entre outros. De acordo com uma inspeção feita pelo Ministério Público na carceragem, os presos desfrutavam de privilégios e podiam, a qualquer momento, fugir do local. Na última sexta-feira, o promotor de Justiça, José Braz Paulo Neto se reuniu com o comandante da PM/RN, coronel Francisco Araújo e o juiz da Vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar. O relatório da inspeção foi apresentado durante o encontro. "O local não era seguro. A carceragem era aberta de manhã e os portões ficavam abertos. O preso poderia ir embora se quisesse", disse Henrique Baltazar. Há relatos de que os presos usavam celular a qualquer momento do dia sem que houvesse qualquer punição. Logo após a reunião, o comandante da PM/RN, coronel Araújo, decidiu pela transferência dos presos para batalhões no interior do estado. Foi cogitado a possibilidade de transferência para o Quartel General, em Natal, mas, segundo Araújo, não há espaço suficiente. "Transferir para o interior foi a melhor opção. Assim eles ficam separados e desarticulados. Além disso, aqui no Quartel não temos condições de receber essa quantidade de presos", afirmou. A transferência dos presos aconteceu em dois momentos. Na sexta-feira, foram transferidos os presos para Mossoró e Quartel General. No domingo, foram levados os presos para Caicó e Pau dos Ferros. A ação foi feita sem prévio aviso aos presos e familiares destes. "Lamento que os familiares terão que se deslocar ao interior para visitar seus parentes. Mas essa foi a única maneira encontrada para resolver o problema", disse Araújo. "Nos batalhões, eles [os presos] ficaram sob custódia dos comandantes e ficaram dentro de celas com direito a banho de sol e visita dos familiares", completou. O comandante explicou ainda que não poderia enviar os presos para presídios comuns. Policiais que respondem à processos criminais têm direito a ficarem detidos em unidades militares. Apenas quando ocorre a expulsão da corporação é que a prisão deve ser feita no sistema carcerário. Apesar disso, no Quartel General da PM/RN, quatro ex-policiais estão presos. Dois deles chegaram ao local sexta-feira passada. "Eles estão aqui em período transitório. Já solicitei ao juiz Henrique Baltazar a transferência deles para um presídio comum. Chega a ser constrangedor ficarmos com esses homens sob o nosso comando", relatou. Além de Gilson da Costa e João Mendes, estão presos no Quartel General os ex-policiais Pedro Sérgio e Nelson de Lima. Apesar das informações dando conta que os presos faziam ligações de dentro da carceragem do Bope, nenhum aparelho celular foi encontrado no momento da transferência. Os presos estavam sob custódia da Companhia dos Guardas. A respeito da possibilidade dos policiais terem facilitado a entrada de telefones ou outras regalias, o comandante da corporação afirma que nada foi comprovado. "Nenhum delito praticado pelos guardas ficou comprovado. O problema maior era a estrutura do local que não oferecia segurança", informou Cel. Araújo. Entre os presos transferidos, está Manoel da Costa Peixoto, irmão do ex-policial João Grandão e Andriê de Oliveira, acusado de participar de uma chacina no município de Catolé do Rocha/PB. O ex-policial bombeiro Gilson Freitas da Costa, acusado de estupro, também faz parte da lista. Tribuna do Norte  
ACSPM-RN

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